Atualizações do modelo: No seguimento de uma renovação profunda em 2019, o modelo de aventura da Honda, apto para carta A2, recebe agora novos gráficos e três novos esquemas cromáticos, incluindo um toque da Africa Twin. A CB500X também tem homologação EURO5.
Conteúdo:
1. Introdução
2. Generalidades do Modelo
3. Características principais
4. Acessórios
5. Especificações técnicas
1. Introdução
A CB500X – originalmente lançada em 2013 juntamente com a naked CB500F e a CBR500R de carenagem integral – é um modelo crossover de aventura e média cilindrada, muito divertido e de peso reduzido. É uma moto que, sem nenhum exagero cumpre o seu dever de forma suprema e competente e oferece uma utilização que se adapta a uma enorme diversidade de condutores.
O caráter utilitário da CB500X fica a dever-se a uma equação extremamente simples – um motor bicilíndrico vivo e comprovado, que debita um binário útil e de excelente tração logo desde baixa rotação – e também com excelentes capacidades em alta – juntamente com um chassis que oferece uma condução muito confortável, tanto em cidade, como em estrada aberta.
Este modelo sente-se igualmente à vontade nas deslocações casa-trabalho-casa e nas viagens de fim de semana. A suspensão de longo curso absorve as irregularidades da estrada e o guiador cónico de diâmetro diferenciado oferece uma posição de condução muito confortável, a direito e com um campo de visão bastante amplo. Por outras palavras, a CB500X é um verdadeiro modelo utilitário, adaptado a todas as situações, no verdadeiro significado da palavra.
Em 2016, na primeira atualização deste modelo, a CB500X recebeu um depósito de maior capacidade, mais proteção aerodinâmica e um para-brisas mais alto. Recebeu igualmente luzes de LEDs, forquilha dianteira com afinação da pré-carga da mola e afinação na manete de travão.
A sua evolução de 2019, com um estilo adventure mais sofisticado, um motor de melhores performances e uma série de melhoramentos ao nível da ciclística, asseguram que, apesar de a CB500X permanecer um modelo confiante nas suas capacidades abrangentes, o fator X está agora ainda mais em evidência.
2. Generalidades do modelo
De modelo para deslocações urbanas a moto de exploração de fim de semana – a CB500X está pronta para tudo. O seu estilo de aventura está agora bastante mais apurado e é complementado por suspensões de longo curso, monoamortecedor de especificações elevadas, melhor ergonomia de condução e jante dianteira de 19 polegadas.
O motor de 35 kW da CB500X é compatível com a carta A2 e beneficia das atualizações introduzidas em 2019, ao nível da admissão, do escape e do comando das válvulas, que acrescentaram mais 4% de potência e de binário entre as 3.000 e as 7.000 rpm em relação ao modelo anterior e que foram acompanhadas por um escape de sonoridade melhorada e uma nova embraiagem assistida com função deslizante.
O painel de instrumentos LCD inclui um indicador de mudança engrenada e outro que mostra ao condutor quando deve engrenar uma mudança mais alta; toda a iluminação é de LEDs.
3. Caraterísticas Principais
3.1 Estilo e Ciclística
Na sua evolução de 2019, a CB500X renasceu com uma postura bastante mais agressiva e um estilo selvagem "pronto para a aventura". Os engenheiros de desenvolvimento da Honda aumentaram os resguardos do radiador e as carenagens com ângulos renovados e substanciais que oferecem uma textura e uma sensação tridimensional; as novas tampas laterais, interligadas ao depósito, oferecem uma ligação coesa entre a frente e a traseira da moto.
Mas a renovação de 2019 englobava bastante mais do que apenas o aspeto exterior da moto. Graças à melhoria das performances aerodinâmicas, o ar a alta pressão à volta da carenagem e do para-brisas foi bastante reduzido, melhorando assim a proteção contra o vento para o condutor a alta velocidade. O perfil do banco também foi adelgaçado, eliminando os pontos mais salientes à frente, o que permite maior liberdade de movimentos em cima da moto e ajuda a chegar mais facilmente com os pés ao chão. Para ajudar a manobrar melhor a CB500X, o ângulo da direção aumentou 3 graus, para 38°, do centro até aos batentes e a inclusão de um guiador cónico em aço de diâmetro diferenciado melhorou ainda mais o controlo.
O painel de instrumentos LCD – envoltos numa moldura multi-superfície e texturada, refletindo o tema geral de design – inclui indicador de mudança engrenada e indicador de mudança mais alta; esta última função está programada para as 8.750 rpm mas pode ser ajustada em incrementos de 250 rpm, entre as 5.000 e as 8.750 rpm. O suporte tubular para o para-brisas também permite montar um GPS por cima dos instrumentos.
O quadro principal, do tipo diamante de tubos de 35 mm de diâmetro, é leve e muito robusto, com uma quantidade programada de flexão que permite ao condutor obter excelentes níveis de feedback das alterações na superfície da estrada. O formato e a posição dos apoios do motor, juntamente com o equilíbrio da rigidez do quadro também permitem reduzir ainda mais as vibrações.
A distância entre eixos é de 1.445 mm e o ângulo da coluna da direção e o eixo de arraste (trail) são de 27,5° e 108 mm respetivamente, originando uma direção ágil mas segura e que oferece muita confiança. A centralização das massas, com o motor colocado em posição muito próxima do ponto de pivot do braço oscilante, permite obter excelente agilidade em curva e a distribuição ótima do peso entre a frente e a traseira assegura a estabilidade necessária. O peso em ordem de marcha é de 197kg.
O banco tem 830 mm de altura; as dimensões gerais são 2.155 x 825 x 1.410 mm, com altura ao solo de 180 mm. O depósito tem capacidade para 17,5 litros, incluindo a reserva e, em combinação com a excelente economia do motor de 27,8 km/l (3,59 l/100 km) (em modo WMTC), oferece uma autonomia de 480 km.
A forquilha telescópica de 41 mm da suspensão dianteira tem afinação da pré-carga e curso de 135 mm. O amortecedor traseiro monotubular (tal como se pode encontrar nas motos desportivas de maior cilindrada), com o seu êmbolo de maiores dimensões, assegura uma suspensão traseira de excelentes respostas e fantástica gestão da temperatura.
A CB500X oferece 5 níveis[AT1] de afinação da pré-carga da mola e trabalha sobre um braço oscilante rígido em tubos de aço de secção quadrada, com placas em aço prensado para a afinação da corrente. A transmissão final é feita por uma corrente 520 selada.
A roda dianteira de 19 – juntamente com a suspensão de maior curso – assegura
uma condução confiante e de extrema estabilidade nas superfícies mais irregulares. As jantes em alumínio de baixo peso montam pneus tipo trail 110/80-R19 à frente e 160/60-R17 (jante 17) atrás. O travão dianteiro tem um único disco ondulado de 310 mm e pinças de dois êmbolos, complementado por um travão traseiro com um disco também ondulado, desta feita, de 240 mm e pinça de um só êmbolo. A moto vem equipada de série com ABS.
A CB500X de 2021 vai estar disponível em três novos esquemas cromáticos, cada um deles com um elegante subquadro traseiro a vermelho, num tributo à CRF1100L Africa Twin:
Vermelho Grand Prix
Preto Metalizado Mate Gunpowder
Branco Pérola Metalloid
3.2. Motor
O motor da CB500X, uma moto que pode ser conduzida por detentores de carta A2, é uma unidade de dois cilindros paralelos, 8 válvulas e refrigeração por líquido, oferece um equilíbrio bem proporcionado entre dimensões físicas e potência disponível e agradável de usar, com um caráter energético de alta rotação e potência de pico muito forte.
De si já bastante forte logo desde baixa rotação, as atualizações introduzidas em 2019 permitiram obter melhores acelerações à custa de um aumento da potência na gama de baixa e média rotação e do binário entre as 3 e as 7.000 rpm; a melhoria de 4% foi conseguida pelas alterações introduzidas na distribuição – com avanço de 5° no comando de fecho – e aumento de 0,3 mm na elevação, agora 7,8 mm.
Podemos encontrar um sistema de injeção PGM-FI com admissão praticamente a direito, atravessando a caixa do filtro do ar e a rampa de aceleração – a atualização de 2019 tinha a bateria em posição mais afastada da parte traseira da conduta da caixa do filtro do ar para obter maior caudal de ar. O escape possui duas panelas que dão uma sonoridade mais desportiva ao motor. O pico de potência é de 35 kW e chega às 8.600 rpm, com o pico de binário de 43 N·m a aparecer às 6.500 rpm.
Os valores do diâmetro e do curso são de 67 e de 66,8 mm, respetivamente e a relação de compressão é de 10, 7 : 1; os moentes da cambota estão desfasados a 180° e há um veio de equilibragem de primeira ordem atrás dos cilindros, junto ao centro de gravidade da moto. O carreto primário e o carreto do veio de equilíbrio são do tipo tesoura, para menor ruído. Os contrapesos da cambota têm formato específico e excelente equilíbrio de acoplagem e o seu baixo peso permite ao motor rodar livremente, com inércia reduzida.
Servindo como membro de esforço, o motor complementa a rigidez do quadro graças aos pendurais de montagem na cabeça do motor. Internamente, encontramos balanceiros de roletes na cabeça do motor e as válvulas são afinadas por pastilhas, aligeirando todo o conjunto, diminuindo a carga das molas das válvulas e reduzindo o atrito.
A distribuição é feita por corrente silenciosa (SV Chain), com pinos de superfície tratada com Vanádio, para menor atrito e melhor proteção contra o desgaste. As válvulas do motor têm diâmetros de 26,0 mm na admissão e 21,5 mm no escape.
O formato dos pistões tem por base os usados na CBR1000RR Fireblade de 2019, reduzindo o ruído provocado por estes componentes a alta rotação. O atrito também é reduzido pelas estrias das saias dos pistões – um acabamento que aumenta a área da superfície através da introdução de folgas nas quais o óleo pode fluir, oferecendo melhor lubrificação. Tal como na CBR1000RR, foi aplicado um processo de banho de sal AB 1, usado após o tratamento de nitretação de isonite, que constitui uma membrana de proteção anti-oxidação.
As proporções triangulares da cambota, do veio primário e do contraveio são muito semelhantes às dos motores de quatro cilindros da gama RR da Honda e muita da estrutura interna deste motor é diretamente transposta da CBR1000RR de 2019.
O bloco do motor usa camisas de paredes finas fundidas por centrifugação e o seu design interno reduz as perdas por bombagem que ocorrem nos motores com 180° de ordem de ignição. A bomba de óleo possui melhores performances em termos de gaseificação do óleo e diminuição do atrito; o cárter fundo reduz o movimento do óleo nas curvas apertadas e nas travagens fortes. A capacidade de óleo é de 3,2 litros.
A caixa de seis velocidades da CB500X é muito idêntica à da sua irmã RR e usa braços e articulações das mudanças com a mesma estrutura. Introduzida em 2019, a embraiagem assistida deslizante (embraiagem Assist/Slipper) oferece mudanças mais leves e suaves, especialmente nas reduções fortes.
A CB500X de 2021, tal como as suas irmãs de 500 cm³, tem homologação EURO5 que, a partir de 1 de Janeiro de 2020, veio introduzir restrições significativas ao nível das emissões do motor em relação à homologação EURO4. Estas novas exigências incluíram reduções substanciais nas emissões permitidas de monóxido de carbono, para além de uma redução superior a 40% no total de emissões de hidrocarbonetos, conseguida pela deteção de falhas de ignição e a introdução de um limite de partículas.
4. Acessórios
Está disponível toda uma gama completa de acessórios para a CB500X. Estes incluem:
Descanso central
Defletores de vento laterais
Proteções para os punhos
Punhos aquecidos
Top case de 35 L
Porta-bagagens traseiro
Malas laterais
Suportes para malas laterais
Proteções de quadro em tubos de aço
Luzes de nevoeiro
Saco de depósito
Saco para o banco
Tomada de CC para acessórios
Para-brisas fumado
Autocolantes para as rodas
Proteção para o depósito
5. Especificações técnicas
MOTOR |
|
Tipo |
Bicilíndrico paralelo, arrefecimento por líquido |
Cilindrada |
471 cm³ |
Diâmetro e curso |
67 x 66,8 mm |
Relação de compressão |
10,7 : 1 |
Potência máxima |
35 kW às 8.500 rpm |
Binário máximo |
43 N·m às 6.500 rpm |
Capacidade de óleo |
3,2 L |
SISTEMA DE COMBUSTÍVEL |
|
Alimentação |
PGM FI |
Capacidade do depósito de combustível |
17,5 L (incluindo reserva) |
Consumo de combustível (método WMTC) |
27.8 litros (3,59 l/100 km) |
SISTEMA ELÉTRICO |
|
Capacidade da bateria |
12 V 7,.4 AH |
Potência do alternador |
25A/2.000 rpm |
TRANSMISSÃO |
|
Tipo de embraiagem |
Húmida, multi-discos |
Tipo de caixa |
6 velocidades |
Relação de transmissão final |
Por corrente |
QUADRO |
|
Tipo |
Diamante em aço |
CICLÍSTICA |
|
Dimensões (C x L x A) |
2.155 x 825 x 1.410 mm (para-brisas baixo) 1.445 mm (para-brisas alto) |
Distância entre eixos |
1.445 mm |
Ângulo da coluna da direção |
27,5 graus |
Eixo de arraste (trail) |
108 mm |
Altura do banco |
830 mm |
Altura ao Solo |
180 mm |
Peso em ordem de marcha |
197 kg |
SUSPENSÃO |
|
Dianteira |
Forquilha telescópica convencional de 41 mm e regulação da pré-carga |
Traseira |
Mono-amortecedor Pro-Link com 5 níveis[AT2] de regulação da pré-carga e braço oscilante de tubos quadrados em aço |
JANTES |
|
Dianteira |
Alumínio fundido, raios múltiplos |
Traseira |
Alumínio fundido, raios múltiplos |
Dimensão da Jante Dianteira |
19 X MT2,5 |
Dimensão da Jante Traseira |
17 x MT4,5 |
Pneu Dianteiro |
110/80R - 19M/C (piso misto On-off) |
Pneu Traseiro |
160/60R - 17M/C (piso misto On-off) |
TRAVÕES |
|
Tipo de ABS |
2 canais |
Dianteira |
Um disco ondulado de 310 mm, pinça de 2 êmbolos |
Traseiro |
Um disco ondulado de 240 mm, pinça de 1 êmbolo |
INSTRUMENTOS E SISTEMA ELÉCTRICO |
|
Instrumentos |
Velocímetro digital, conta-rotações digital de barras, dois conta-quilómetros parciais, indicador digital de nível e de consumos de combustível, relógio digital e indicador digital de mudança engrenada |
Sistema de segurança |
HISS (Honda Ignition Security System - Sistema Imobilizador Honda) |
Farol |
Médio, 4,8 W. Máximo, 12 W LEDs |
Todas as especificações são provisórias e ficam sujeitas a alterações sem aviso prévio.
# Queira notar que os valores apresentados foram obtidos pela Honda segundo condições de teste normalizadas prescritas pelo WMTC (World Motorcycle Test Cycle – Ciclo de Testes Mundial para Motos). Estes testes foram realizados durante a condução em estrada com uma versão base da moto, apenas com o condutor e sem equipamentos adicionais. Os valores reais de consumo podem variar consoante a forma de condução, a manutenção realizada ao veículo, as condições atmosféricas e da estrada, a pressão dos pneus, a presença de acessórios e/ou de carga, do peso do condutor e do passageiro e outros fatores.