28 mai 2022 ID: 369965
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2023 HONDA CRF250RX

2023 HONDA CRF250RX

Atualizações do modelo: Mecanicamente inalterada para 2023, a CRF250RX de off-road está mais forte do que nunca; em 2022, este modelo recebeu a ciclística leve da CRF450RX e também um extenso desenvolvimento da cabeça do motor, o que permitiu aumentar consideravelmente o binário a baixa rotação. A eficiência do arrefecimento também foi melhorada e a caixa reforçada tem agora relações revistas e uma embraiagem de nove discos. As suspensões Showa têm afinações preparadas para enfrentar uma grande diversidade de terrenos e condições; as proteções nos punhos são equipamento de série. O novo tratamento gráfico é um ponto de destaque na moto de 2023, com logótipos simbólicos HRC redesenhados.

 

Conteúdo:

  1. Introdução
  2. Generalidades do modelo
  3. Caraterísticas principais
  4. Especificações técnicas

 

 

  1. Introdução

 

Em 2019, a Honda alargou a sua gama de motos de competição com a introdução de um modelo cross-country na forma da nova CRF250RX; tendo por base a CRF250R e com especificações específicas para o fora-de-estrada, a inspiração veio da CRF450RX, incluindo um depósito de combustível de maior capacidade, uma roda traseira de 18 polegadas, diferentes mapas de injeção específicos para off-road e as alterações na suspensão, alterações que garantiam que este modelo se sentia igualmente "como peixe na água" a subir trialeiras cheias de raízes ou a cortar segundos nas especiais de Enduro.

 

Para 2020, a CRF250RX seguiu o padrão de desenvolvimento da CRF250R e recebeu um reforço de potência e de binário na gama de baixa a média rotação, para além do mesmo quadro e braço oscilante que equipava a CRF450RX de 2019. Em 2022, a CRF250RX recebeu uma atualização de fundo, incluindo uma nova componente ciclística herdada da CRF450RX de 2021 e que melhorava as suas capacidades e agilidade, juntamente com um motor de mais binário a baixa rotação.

 

Agora em 2023, a CRF250RX mantém-se mecanicamente inalterada, tirando um novo tratamento gráfico com novos logótipos simbólicos HRC redesenhados e que representam a expansão das atividades de competição do HRC. 

 

 

  1. Generalidades do modelo

 

Vale a pena relembrar a razão pela qual, em 2022, a CRF250RX teve um avanço tão grande; para facilitar o "andar depressa", os desenvolvimentos recentes na CRF450R centraram-se na redução do cansaço do piloto - para que todos os pilotos de MX - e não apenas os mais capazes - consigam obter sempre os melhores tempos por volta.

 

E o que é bom para a 450 está ainda melhor na 250. 3 kg mais leve em relação ao modelo de 2021, o quadro da nova CRF250R e também o equilíbrio da rigidez do braço oscilante - combinados com uma ciclística de geometria ainda mais estreita e uma maior distância ao solo - foram concebidos para as melhores performances nas curvas e para uma pilotagem ainda mais fácil. Para isto, a suspensão Showa recebe válvulas totalmente novas, o que melhora a absorção dos impactos, a tração e o controlo.

 

As performances do motor também não foram esquecidas. A potência de ponta da CRF250RX sempre esteve entre os pontos preferidos dos pilotos e, como forma de ligação com as fortes performances na gama de média rotação, a extensa revisão efetuada na eficiência da admissão e do escape rendeu uma melhoria significativa no desempenho a baixa rotação. A melhor precisão do comando das válvulas a alta rotação mereceu também uma atenção especial, juntamente com a fiabilidade a longo prazo; a embraiagem tem agora de 9 discos e, juntamente com a caixa de velocidades reforçada (e de relações otimizadas), há a garantia de que não se perde nenhuma tração do motor.

 

 

  1. Caraterísticas Principais

 

3.1. Ciclística

 

  • A contribuição do HRC em componentes como o quadro, braço oscilante, equilíbrio da rigidez e geometria contribui para melhorar a capacidade de curvar e a facilidade de pilotagem
  • A forquilha dianteira Showa de 49 mm tem constante de mola otimizada e verifica-se uma melhoria no amortecimento em compressão/extensão à frente e atrás e que melhoram as capacidades em off-road
  • O banco e os plásticos de design compacto ajudam à liberdade do piloto; o modelo de 2023 tem novos gráficos com novo logótipo HRC

 

A CRF250RX segue os trilhos de liderança da CRF450RX. Assim, este modelo tem a mesma plataforma que foi estreada nas CRF 450R e RX de 2021, após um intenso desenvolvimento por parte do HRC. E este é um ponto-base vencedor de campeonatos – Tim Gajser garantiu dois títulos consecutivos de MXGP com este protótipo. Juntamente com o motor mais potente, os menos 3 kg de peso total, as alterações na geometria e as atualizações na suspensão são coerentes com a criação de um conjunto ainda mais fácil de pilotar com toda a intensidade.

 

A dinâmica do chassis da CRF250RX também é nova: a rigidez à torção manteve-se, mas a rigidez lateral foi reduzida em 20% para aumentar a velocidade em curva, a tração e a precisão da direção. O ponto de pivot do braço oscilante foi otimizado em termos de posicionamento das estrias e o próprio braço oscilante, uma unidade em alumínio, tem um novo equilíbrio de rigidez, ajustado para combinar com o quadro.

 

Toda a forquilha de suspensão dianteira apresenta maior flexão em relação ao design anterior, para curvas mais rápidas e ágeis, com excelente absorção dos impactos. A suspensão da CRF250RX tem afinações específicas, com uma gama de performances mais ampla que na CRF250R.

 

Para maior suavidade nas curvas, a forquilha invertida (USD) de 49 mm e molas helicoidais tem 310 mm de curso; os fixadores que apertam o eixo dianteiro foram concebidos para melhorar a aderência e a capacidade de pilotagem nos sulcos das pistas. A válvula do êmbolo principal do amortecedor traseiro Showa – complementada por um sistema Pro-link a condizer – tem afinações preparadas para dar uma resposta mais suave, absorver melhor os impactos e também para melhorar a qualidade de pilotagem nos regos das pistas.

 

O ângulo da coluna da direção é de 27,15° e o eixo de arraste (trail) vale 114 mm, numa distância entre eixos de 1477 mm e 335 mm de altura ao solo. O peso em ordem de marcha é de apenas 108kg. O banco é compacto e permite que o piloto mude o peso em cima da moto estreita, dando-lhe uma total liberdade de movimentos. Este banco também é muito mais fácil de remover e instalar. A manutenção é fácil, sendo necessário remover apenas 4 parafusos de 8 mm.

 

Instalado de série, o novo guiador Renthal Fatbar flexível e de baixo peso permite oferece o melhor conforto na pilotagem da CRF; a mesa superior permite trocar a posição dos apoios do guiador para mover o guiador para a frente ou para trás em 26 mm. Rodando os apoios a 180°, o guiador move-se mais 10 mm em relação à posição de origem, o que resulta em quatro posições de condução únicas.

 

À frente, o travão da CRF recorre a uma pinça de dois êmbolos de 30 e de 27 mm de diâmetro e a um disco ondulado de 260 mm; juntamente com o tubo de baixa expansão, esta pinça oferece uma potência de travagem forte e consistente. A pinça traseira de um êmbolo é complementada por um disco ondulado de 240mm. Os protetores de punho protegem as mãos e manetes e o descanso lateral de alumínio forjado encaixa-se na perfeição para minimizar a interferência durante a condução.

 

As jantes DID em alumínio têm raios dispostos em padrão direto e têm acabamento preto; à frente, as dimensões são 21 x 1,6 polegadas e atrás são 18 x 2,15 polegadas. Os pneus Dunlop AT81 Geomax de enduro têm dimensões de 90/90-21 à frente e 110/100-18 atrás.

 

Concebidas com a ajuda do conceito de Dinâmica de Fluxos Computorizada (no original, Computational Flow Dynamics – CFD) para obter a máxima eficiência aerodinâmica, as proteções do radiador foram fabricadas a partir de uma única peça de plástico e agora incluem uma abertura de ventilação em posição mais rebaixada. O depósito do combustível é em plástico e tem 8 litros de capacidade.

 

Para 2023 e complementando as suas linhas agressivas, a CRF250RX apresenta um tratamento gráfico totalmente novo; estes gráficos incorporam agora logótipos simbólicos HRC redesenhados, desta vez em itálico, e foram introduzidos à medida que as atividades do HRC se expandem para as corridas de 4 rodas.

 

3.2. Motor

 

  • Os desenvolvimentos do último ano ao nível da admissão e da cabeça do motor, juntamente com a abertura de escape/coletor a direito e também a nova panela de escape produzem até mais 10% de potência e até mais 15% de binário.
  • A precisão do comando das válvulas a alta rotação e o fornecimento de óleo à cabeça do motor também foram melhorados
  • A embraiagem de 9 discos melhora a resistência e oferece sensação mais leve na manete
  • As revisões ao nível das relações da caixa de velocidades oferecem maior capacidade de arranque
  • O radiador oferece um arrefecimento ainda mais eficiente

 

A CRF250RX partilha o motor com a sua irmã de motocross (MX), com performances ainda mais completas e "redondas" em toda a gama de rotação – e com a mesma atualização da potência máxima e do binário a baixa rotação – mas tem os seus próprios mapas de injeção e de ignição com o objetivo de suavizar a entrega de potência para a variedade de situações que a pilotagem fora-de-estrada apresenta.

 

As alterações para 2022 foram significativas; começando a "puxar" ainda mais cedo na faixa de rotação, a entrega de potência é suave e linear e o binário está significativamente mais forte a mais baixa rotação. Em termos gerais, temos até mais 10% de potência e 15% de binário em toda a gama de rotação, em comparação com o modelo anterior, o que permite fazer o mesmo tipo fluido de pilotagem a alta rotação entre curvas e sem trocar de mudança. O resultado sente-se e bem no punho do acelerador, um motor de grande impacto com um "drive" ainda mais cheio e que permite ter uma pilotagem forte e fácil logo a baixa rotação, retirando todos os benefícios da agilidade do chassis.

 

A estabilidade da combustão a baixa rotação e a entrada e saída dos fluxos gasosos da câmara de combustão foram os pontos centrais do desenvolvimento. O funil de entrada de ar e o tubo cónico alimentam um injetor a 60°; os gases da combustão saem por uma abertura de escape a direito. A caixa de ar de 4,1 litros é o garante da elevada eficiência e também do arrefecimento da admissão de ar; é muito fácil aceder ao filtro do ar.

 

O carreto da árvore de cames da admissão é instalado por pressão, o que poupa peso e aumenta a rigidez. As válvulas da admissão têm duas molas, o que dá maior controlo a alta rotação. O trajeto do óleo para os moentes das árvores de cames – e os apoios das árvores de cames mais rígidos – contribuem para reduzir o atrito nestes moentes.

 

O alinhamento de precisão do veio dos balanceiros auxilia o aumento das performances a alta rotação e o design do pistão e da biela maximiza a eficiência. O diâmetro e o curso são de 79 x 50,9 mm, respetivamente, com 4,5 mm de descentragem no cilindro para reduzir o atrito, a uma relação de compressão de 13,9 : 1. As válvulas são em titânio, de 33 mm de diâmetro na admissão e 26 mm no escape.

 

O silenciador único e de baixo peso expele os gases queimados e o coletor de escape descendente oferece as melhores prestações; as dimensões internas otimizadas aumentam a estabilidade da combustão e a eficiência do sistema de escape. A sua natureza compacta contribui para uma moto mais estreita. E, para lidar com o calor extra produzido pelo motor de especificações mais elevadas, o arrefecimento do motor também foi melhorado; as proteções do radiador permitem geram fluxos aerodinâmicos extra.

 

A CRF250R de 2023 oferece níveis extra de fiabilidade: por exemplo, o design da bomba de água suporta melhor o óleo a alta temperatura e a pressão para a cabeça do motor assegura os melhores fluxos de óleo. Um injetor de óleo de 5 furos melhora o arrefecimento do pistão e otimiza o ponto de ignição. A bomba de óleo/pinhão de ataque, combinados numa só peça, estão agora colocados do lado direito do motor, com o filtro e a passagem de óleo localizados à direita no motor – o trajeto do óleo à volta do motor foi simplificado e encurtado; o óleo também lubrifica a embraiagem e a caixa, numa capacidade total de 1,35 L de óleo.

 

Para melhorar a resistência, a engrenagem e a suavidade da manete, a embraiagem tem 9 discos, o que reparte melhor as cargas aplicadas ao material de fricção. Por outro lado, a câmara do amortecedor tem uma mola de fricção adicional, juntamente com melhorias na lubrificação, nos próprios materiais de fricção e também na relação primária - para além de um centro de embraiagem mais rígido - tudo contribuindo para performances superiores e (em relação ao modelo anterior) mais 21% de resistência. A carga na manete da embraiagem desceu 4%.

 

Para enfrentar a carga gerada pela embraiagem e também para maximizar a tração em toda a faixa de rotação, a caixa – e sem aumentar o peso – possui uma disposição que aumenta a robustez. As relações foram cuidadosamente trabalhadas: a 1ª e a 3ª são altas e a 2ª, a 4ª e a 5ª são curtas.

 

As mudanças são feitas por uma forquilha que passa de 2ª para 3ª, com duas ranhuras de acionamento e um contraveio mais rígido para diminuir o atrito. O resultado é uma sensibilidade muito maior no pedal entre estas duas mudanças tão importantes. O sensor das mudanças permite usar mapas de ignição específicos para diferentes mudanças.

 

3.3 Sistema Eletrónico

 

  • Controlo HRC de arranque com 3 níveis
  • Botão EMSB (Engine Mode Select Button – Botão de Seleção do Modo do Motor) com 3 mapas para ajustar a potência

 

O sistema de controlo HRC do arranque oferece ao piloto a melhor opção para os arranques mais poderosos, com opção por 3 modos diferentes:

 

Nível 3 – 10 000 rpm, condução na lama/piloto inexperiente.

Nível 2 – 11 750 rpm, condução com piso seco/piloto básico.

Nível 1 – 13 000 rpm, condução com piso seco/piloto experiente.

 

É fácil ativar o controlo HRC de arranque – basta apertar a manete da embraiagem e carregar no botão de arranque do motor (à direita). O LED pisca uma vez indicando que está selecionado o nível 1. Se carregar novamente no botão durante meio segundo ou mais, o LED pisca duas vezes indicado que foi selecionado o nível 2. Repita o processo e o LED pisca 3 vezes indicado que está selecionado o nível 3.

 

O botão EMSB (Engine Mode Select Button – Botão de Seleção do Modo do Motor) altera as características do motor e os três mapas disponíveis para adequar a moto às condições de pilotagem e às preferências do piloto: Modo 1 (Standard – Normal), Modo 2 (Smooth – Suave) e Modo 3 (Aggressive – Agressivo). O LED indica qual o modo selecionado.

 

Os comandos e indicadores para o piloto – botão de paragem do motor, avisador EFI, botão do modo EMSB e indicador LED – estão todos no punho esquerdo.

 

 

  1. Especificações técnicas

 

 

MOTOR

 

Tipo

Arrefecido por líquido, 4 tempos, monocilíndrico, DOHC

Cilindrada

249,4 cm³

Diâmetro x Curso

79 mm x 50,9 mm

Relação de compressão

13,9 : 1

Capacidade de óleo

1,35 L

SISTEMA DE COMBUSTÍVEL

 

Alimentação

Injeção de combustível

Capacidade do depósito de combustível

8 litros

SISTEMA ELÉTRICO

 

Arranque

Elétrico

TRANSMISSÃO

 

Tipo de embraiagem

Húmida, discos múltiplos

Tipo de caixa

Engrenagem constante

Relação de transmissão final

Por corrente

QUADRO

 

Tipo

Dupla trave em alumínio

CICLÍSTICA

 

Dimensões (C x L x A)

2.176 x 839 x 1.281mm

Distância entre eixos

1477 mm

Ângulo da coluna da direção

27,15°

Eixo de arraste (trail)

114 mm

Altura do banco

964 mm

Altura ao solo

335 mm

Peso em ordem de marcha

108 kg

SUSPENSÃO

 

Dianteira

Forquilha USD helicoidal Showa (Hitachi Astemo, Ltd) de 49 mm de diâmetro

Traseira

Monoamortecedor Showa (Hitachi Astemo, Ltd.) com biela Honda Pro-Link

JANTES

 

Dianteira

Alumínio, de raios

Traseira

Alumínio, de raios

Pneu dianteiro

90/90-21 Dunlop AT81

Pneu traseiro

110/100-18 Dunlop AT81

TRAVÕES

 

Dianteiro

Hidráulico, disco ondulado de 260 mm

Traseiro

Hidráulico, disco ondulado de 240 mm

INSTRUMENTOS

 

Caraterísticas Adicionais

Sistema Honda de controlo do arranque

 

Todas as especificações são provisórias e ficam sujeitas a alterações sem aviso prévio.

Queira notar que os valores apresentados foram obtidos pela Honda segundo condições de teste normalizadas prescritas pelo WMTC (World Motorcycle Test Cycle – Ciclo de Testes Mundial para Motos). Estes testes foram realizados durante a condução em estrada com uma versão base da moto, apenas com o condutor e sem equipamentos adicionais. Os valores reais de consumo podem variar consoante a forma de condução, a manutenção realizada ao veículo, as condições atmosféricas e da estrada, a pressão dos pneus, a presença de acessórios e/ou de carga, do peso do condutor e do passageiro e outros fatores.

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